Cavalguei, noite dentro,
nas cordas de uma guitarra,
que me cantava, baixinho,
o choro de uma cigarra.
Toco a guitarra, sozinho
uma saudade triste,
dos tempos
em que me viste,
misturado na cidade.
Não é fado,
nem, poesia
é um querer sem tamanho
de estar sempre a teu lado.
Toco a guitarra sozinho,
na noite escura,
ao luar,
choro, com ela, devagarinho,
um sonho alado,
a rezar.
Soubesse eu cantar,
e ia por todo lado,
tocar esta dor,
que se desenha no ar,
num abraço negro,
da minha capa
a chorar…
( saudades...não há saudades sem fado )
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...
-
Hoje não escrevo. Doem-me as palavras. As minhas, também... choro sózinho, sem elas, no vazio. além..
-
Vou fazer uma pausa. Cousa necessária em alturas de Presépio. É época de caminho. É por aí que vou, sem demoras que é viagem por dentro… Um ...
-
Queria escrever-te, mas as palavras fogem-me, como se me dissessem, “ Agora não! Espera que venham outras de nós, com outros sentires, Esper...
3 comentários:
A saudade já é um fa(r)do... umas vezes saudável, outras pesado.
Vou tocar viola contigo. Um dueto seria capaz de resultar...
Beijinho *
a saudade é aa saudade o fado, é o fado...juntaram-se os dois a esquina a tocar concertina, e acaba ou bêbado ou a chorar, gostei do poema
Assim tocado, cantado,
trinado...
Em serenata feita
ao luar...
Falava um coração
magoado,
Da dor de seu triste
olhar...
Amor, saudade,
seu fado.
Oh capa negra,
esconde-lhe o penar...
Enviar um comentário