06 abril 2005

gaveta

Tenho uma gaveta cheia de violeta-quase-flor…
São pedaços de nada que viajam comigo,
para onde for.
É engraçada, esta minha gaveta,
porque afinal,
não tem nada…
Tem uma cor,
timida,
(res)guardada
Que parece dor…

afinal é para isso que servem as gavetas, mesmo as minhas que são desarrumadas, para (res)guadar, nem que seja um desenho de uma flor...

6 comentários:

Dra. Laura Alho disse...

As minhas gavetas são um verdadeiro caos. Mas repletas de cores. Um arco-iris sem forma, espalhado aleatoriamente.
Já tentei ser organizada e meticulosa. Mas a natureza do meu ser volta a (des)arranjar as coisas ao meu jeito.

Bela cor, a violeta. Faz-me lembrar campos pintados com ela.

Um beijinho grande :) *

Vênus disse...

"Pérolas escondidas
brancas sereias
conchas azuis..."

Já arrumei, desarrumei, já esteve vazia...Hoje as que tenho, são as raras, preciosas jóias guardadas na gaveta da alma...

BJS
NANE

musalia disse...

lembro-me de guardar violetas entre as páginas dos livros, secavam mas o perfume ficava...longe vão os tempos, as violetas cresciam livremente ao longo dos regatos...
beijos, Almaro.

folhasdemim disse...

De gavetas desarrumadas percebo eu, eheh. E de todas as vezes que as tento arrumar descubro algo que já não lembrava. E sabe bem. Beijinhos, Betty :)

Anónimo disse...

Pois as minhas gavetas.. estão fechadas a sete chaves.Um dia que as abra, até tenho medo do que vai de lá sair... Bj da Fernanda

Fátima Santos disse...

ah! como eu gosto de abrir e fechar gavetas! de ficar a olhá-las! de revolver-lhes interiores...desfazer seus arrumados odores...mudar os sem lugar de lenços de muitos e variados choros. As minhas gavetas...Bolas eu tenho as gavetas todas muito desarrumadinhas...tão curioso isto das nossas gavetinhas....

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...