Inventei um quebra-cabeças para me desinquietar, o sol estava divertido, o céu no seu lugar, até as gaivotas se passeavam entre os horizontes…
Tudo indicava que hoje o desenho seria coisa viva, de cores quentes e traços sentidos, mas não, dei comigo a procurar a metade da minha alma.
O ponto exacto que a divide no meio de mim ( e a culpa é da Sophia “metade da minha alma é feita de maresia…”, que encontrou a sua).
Primeiro usei o numero de ouro, o tal das proporções e que nasceu com a vida, depois com o desenho e só mais tarde com o numero.
Perdi-me!
A minha alma não tem proporções, é desarticulada ( anda aos saltinhos só para me confundir…), por isso não lhe encontrei a metade, nem o terço, nem o um.
Já à noitinha resolveu serenar-me e segredou-me, brincalhona ” como podes encontrar a metade se ainda não me conclui no um?…o inacabado não tem metade, porque a metade cresce proporcionalmente com o um…"( ainda bem que não sou matemático, porque senão lá se ia outra vez a serenidade para a gaveta, na tentativa de formular a teoria do crescimento da alma).
Inventei um quebra-cabeças…
É bem feito, o dia ofereceu-te todas as cores para o teu quadro, escusavas de andar por aí a quebrar-te só para encontrares a tua metade…
28 abril 2005
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3 comentários:
SEmpre um encanto...
Sempre,
BShell
Hoje estou febril.
Não procuro a outra metade da minha alma, porque há mais do que uma. COntento-me com a que tenho. E partilho a minha com quem também andar à procura...
Beijinho, querido Almaro. *
P.S. Apaguei, sem querer o comentário anterior. (Deve ser mesmo da febre). Voltei, então a reescrevê-lo.
Almaro,
Eu, lendo essa frase pensei que
(...)metade da minha alma é feita de maresia…(...)
a outra está vazia...Por isso volto ao mar, comtemplo em busca de respostas todos os dias...
BJS
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