09 junho 2004

mimetismo voador em cores do campo

Parei de olhos numa flor (as palavras que parem de me provocar, a que escrevi, flor, era uma Flor-do-campo, sem outras vidas que a de uma flor, escrita e desenhada pelos olhos com as quatro leras que a compõem F-L-O-R).
O que me prende o olhar numa flor, é a cor, e esta pintou-se de azuis-lilás-do-campo, cor única de flor vulgar (sublinha-se que a palavra vulgar, refere-se a flor comum, no sonho, cada flor é única, mas esta, que me entrou no ver, cresce em pedaço de terra qualquer, em cidade ou no campo, em varanda ou em vaso, só precisa de terra, sol e água. Como esta, há outras de cores várias, como a Papoila e muitas mais, que lhes só sei cor e não nome).
Voltemos ao olhar que se perdeu na cor, porque o belo do momento, não foi a flor, foram as borboletas-pétala, mimetadas em beijo-flor que a dançavam e elevavam, quase fadas, iludindo quem olha, que quem voava era a flor.

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não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...