23 junho 2004

ondas que se fingem

O mar agita,
negro,
o olhar que o procura.
Ventos,
sós,
que se gritam,
sem voz.
Em noite escura,
o vento sopra,
empurra-te,
levanta-te ,
espuma,
em ondas que se fingem copa,
de árvores,
de amargura.
A luz,
cega,
em cor,
em bruma,
em dor.
É alma que chora,
lágrima quente,
em forma de cruz.
O vento ora,
foge,
leva-me,
sem onde,
sem hora...

Sem comentários:

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...