21 junho 2004

transformações

Estendi a mão e mergulhei-a nas águas do rio que me corre. Senti o fresco a acariciar-me o olhar e os sentidos, depois, lentamente (como criança que tenta agarrar sonho), tentei agarrar a água que me corria. Fechei mão, levantei-a ao olhar. Em vez de rio, levantei lágrimas que apressadas devolveram-se, gota-a-gota, sem um adeus, para o seu caminho, disfarçadas de verdes-reflexo-de-paisagem-de-árvores-vestidas-de-novo. Na mão, ficou o fresco, que se transformou em sorriso, em beijo, que se juntou ao vento adoçando a frescura, que me levantou o olhar para o horizonte-mar, e me transformou em gaivota…

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não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...