07 junho 2004

silêncios

Não importa o timoneiro, é o Mar que me inspira, que me olha, que me vê e cola peça a peça, o que desfeito se quer inteiro. É o Mar que me leva, não resisto, vou na bruma, no nevoeiro. Sinto os cheiros, os sons, os silêncios e na pequenez do meu olhar, vejo caminho, só caminho para andar, só falta o sentir, só falta o querer. Navego, só, no mar e no mar me abraço, de longe, de perto em ondas que me embalam. É o mar que fala, que me deixa sonhar, só falta sentir, desenhar…
Oiço longe, violinos-onda-a-praiar e deixo-me ir, devagar, qual menino, a dormir, a descansar.
Não importa o barco, não é ele que me leva, é o mar…

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não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...